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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Em reconstrução


Aqui no caderno não defini espaços tipo: só falo disto ou só falo daquilo, mas este é um caderno de pintar, deveria talvez criar um caderno de escrever para relatos quotidianos mais pessoais, uma hipótese a considerar até porque está um novo caderno para sair (estejam atentos), e eu teria assim uma boa estante para os vários registos, enquanto isso não acontece, vou usar este por um bocadinho.

Não é um  lamento, este, é só um desabafo de quem está a ter uma semana menos fácil.

Temos uma pele que nos reveste e essa mostra também o que vai por dentro e é montra para muitos sinais. Eu sei que não escondo, até porque já há tempo que esses sinais são evidentes em inúmeras coisas, também no meu comportamento. Um bocadinho de birra, um bocadinho lamechas me confesso, e outras coisas mais materiais!
Há quem não dê por isso. Porque há sempre uma gabardine essencial que se usa em muitos casos. Mas quem sabe, sabe. Peço desculpa a esta distância e por esta distância a Todos que de alguma forma mais ou menos evidente não recebem o meu melhor!
O último mês têm sido de tratamentos mais intensos, eu que sou tão avessa a medicamentos em várias modalidades comprimidos cápsulas injecções (iac), rendi-me às suas virtudes.
Fiquei a saber que as imensas dores que me têm comprometido trabalho e acima de tudo bem-estar nascem numa desarrumação incrível que esta menina foi acumulando na coluna vertebral. Peço perdão ao Criador porque não foi assim que ma desenhou, e eu não lhe tenho respeitado o traçado!
Mas há mais coisas, que não descobriria, não fosse o dignar-me a finalmente fazer um check-up decente.
Como dizia acima, esta semana houve um avivar de dores, o relembrar que tenho de procurar outras soluções e não me acomodar à bengala dos comprimidos, embora não sejam todos só para mascarar dores e há melhoras evidentes em alguns aspectos.
Tenho em breve uma consulta com um médico recomendado por um bom amigo. E tenho um médico que é um bom amigo também em quem confio. Isso também me consola. E creio num médico Maior. E isto tudo sendo uma aparente contradição dá-me um alento e consolo que não tinha antes!

Isto é um género de saga dos Descobrimentos, sei agora no mapa das minhas construções a existência de alguns arranjos a fazer, porque o tempo que faz a idade avançar, a falta de juizo, a má conservação dos edificios, a genética que se herda para o bem e para o mal, faz destas.
Tenho assistido á minha volta a inúmeras situações que condicionam a boa saúde, em amigos, familiares, pessoas próximas, distantes... coisas menores, ígualmente sérias e muito mais graves também! Algumas que nos levam até cedo demais os que amamos!
Pode ser um cliché, mas é-o por tão verdadeiro que é: a saúde é uma riqueza sem preço, independetemente de tudo o que possamos ter e adquirir, sem ela não somos plenos. Com ela vestimos a felicidade se a soubermos viver e respeitar e somos ricos mesmo com poucas moedas!

ilustração:
digital, projecto em progresso, Leya-Texto Editores

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